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Orientações COVID-19 | por Dra. Camila Martini Infectologista

Diante da pandemia que surpreendeu o mundo, a Colp Hospital de Olhos buscou a Dra. Camila Martini, Infectologista pela Universidade de São Paulo (USP) para escrever este artigo. Confira a seguir.

A transmissão da COVID-19 acontece por gotículas expelidas durante fala, tosse ou espirro de pessoas doentes. Por isso, é importante manter distanciamento entre as pessoas de, no mínimo, 01 metro e ter atenção ao tocar superfícies possivelmente contaminadas com essas gotículas, e depois não levar os dedos à boca, nariz e olhos sem higienizá-los.

Para prevenção, devemos higienizar as mãos com água e sabão (dedos, unhas, punhos, palmas e dorsos) ou álcool gel 70%, caso a lavagem de mãos não esteja disponível no momento. É muito importante evitar contato próximo com pessoas com infecções respiratórias agudas, cobrir nariz e boca ao espirrar ou tossir, higienizar as mãos após tossir ou espirrar, evitar tocar nas mucosas dos olhos, não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas, manter os ambientes bem ventilados e evitar aglomerações. No momento, a indicação de uso de máscaras cirúrgicas é reservada aos pacientes que apresentem sintomas respiratórios e profissionais de saúde. Seja consciente com aqueles que, verdadeiramente, irão se beneficiar do uso.

Os sintomas mais comuns são febre, tosse seca e cansaço. Algumas pessoas podem apresentar obstrução nasal, coriza, dor de garganta e diarreia. Em todas essas situações, você deve permanecer em isolamento respiratório domiciliar por 14 dias, de repouso, ingerindo bastante líquido e usando medicações como dipirona e paracetamol caso necessário.

Caso apresente falta de ar progressiva, com dificuldade de respirar, ou febre alta persistente, por mais de 24 horas, procure atendimento médico.

É muito importante destacar que ir ao Pronto Socorro com sintomas leves não mudará a conduta médica e você poderá entrar em contato com outros vírus respiratórios, que também estão com circulação aumentada nessa época.

Atenção especial ao grupo de risco para desenvolver formas graves: adultos com mais de 60 anos e doenças prévias, como hipertensão arterial, diabetes, doença cardíaca, doença pulmonar, neoplasias, transplantados, uso de imunossupressores.

Nosso momento atual exige comprometimento de todas as pessoas, por isso, se você pode, FIQUE EM CASA, leve essa orientação a sério.

Dra. Camila Martini, Infectologista | CRM-SP: 152762